Espiritualidade é, entre outras coisas, ter fé de que somos mais do que carne e osso. É a crença de que temos dentro de cada um de nós algo mais. De modo simples, temos alma. E esta alma nos anima e preenche, faz com que a transcendência seja algo que a maioria dos humanos tome como algo verdadeiro.
O pensamento científico e o pensamento religioso (ou mítico para alguns) não são excludentes. Agora mesmo você está lendo este texto num computador, tablet ou smartphone e nem por isso deixa de ter fé nos Orixás e Guias da Umbanda, não é mesmo? As criações humanas não invalidam a Criação divina.
Mas o recente fato novo nesta discussão segue em curso: a pandemia do coronavírus. Nunca assistimos tantos cientistas opinando e explicando tudo e mais um pouco sobre um vírus invisível a olho nu que segue causando mortes por todo o mundo. A ciência detectou, identificou, caracterizou e está trazendo soluções para o combate ao vírus. Tudo feito com método, baseado em conhecimentos médicos, pesquisas rigorosas e muito trabalho.
Mesmo assim é preciso que tenhamos "fé na ciência". Parece óbvio, mas nem todos têm. Não nos cabe aqui falar sobre política ou sobre o uso inescrupuloso da informação científica para causar ainda mais pânico na população. Queremos apenas destacar a força da ciência e da religião na sociedade atual, pontuando suas intercessões e diferenças.
Sobre intercessões (ou pontos de contato e convergência) temos a fé. A fé na ciência se aproxima do mecanismo que nutrimos ao seguirmos esta ou aquela religião, pois é preciso sim acreditar que a ciência é efetiva nas soluções que nos propõe tal qual as religiões se mostram efetivas ao nos oferecerem conforto espiritual.
Enquanto as religiões são sistemas de sentido para seus fiéis, a ciência gera soluções para termos uma vida melhor. Ambas fazem sentido para a maioria e por isso podem ser complementares para uma existência mais plena de significado.
E você, o que pensa sobre essa questão? Deixe seu comentário.
A religião, fé, razão devem caminhar juntas com a ciência. Isso torna-se possível na Umbanda por não ser uma religião dogmática.